Essa história é
para ganso nenhum botar defeito! Nessa época trabalhava a pouco tempo na área
de RH e quase tudo era novidade. Confesso que tinha muito medo, mas tinha muita
vontade... Lia muito, pesquisava novos métodos de realizar processos e queria
muito aprender e compartilhar o que já sabia.
Buscando uma
oportunidade de trabalho, achei em um segmento de administração de condomínios.
Mas o que um profissional de RH iria fazer em um segmento desses? Acabei
encarando o desafio e realizando ações relacionadas e recrutamento, seleção,
treinamento e ações motivacionais. É um ramo onde o que não faltam são pessoas.
E não eram somente aquelas que formavam o quadro de funcionários da própria
empresa, mas todos os funcionários pertencentes aos condomínios que ela
administrava.
E nossa história
começa exatamente quando fui convocada a ministrar um treinamento para uma
dessas equipes. Seria um grupo grande e estava super animada. Preparei
material, slides, projeção e recursos que iriam envolver os participantes.
Minha intenção era fazer o melhor. Tudo que estava ao meu alcance em relação a
material para uso, os mais modernos no momento, eu havia disponibilizado. Tudo
certo. Mas como não pode deixar de ser, as surpresas começaram. A primeira
delas é que o condomínio era rural. Todos os recursos mais tecnológicos que
havia preparado desceram rio abaixo em segundos “Pense rápido! ” Foi minha
atitude. Tinha preparado alguns exercícios e atividades para o grupo e seria
minha salvação. Falaria um pouco sobre conteúdo geral e partiria breve para as
atividades. Santas atividades! E assim foi feito. No meio das atividades, vi
que um senhor não se movia. Não escrevia, não participava como os demais. Tive
a sensação inicial que não estava muito motivado para aquela ação. Estimulei,
incentivei e nada. Estávamos trabalhando de forma tão divertida, cores, música,
enfim, e ele não se movia. Vem ai à
segunda surpresa: era o vigia da noite do condomínio e era surdo. Jamais
imaginaria. O novo desafio seria envolvê-lo nas atividades “Pense rápido! E tudo foi se
resolvendo.
Ufa! Por ora a
história já poderia terminar certo? Errado! Surpresas precisam vir em número
ímpar. Afinal de contas, ainda não falamos sobre os gansos. Quando estava na
reta final do encontro, vi que as pessoas estavam se levantando muito
abruptamente, e eu ainda não havia terminado o treinamento. “Que gente sem
educação”, pensei. Que nada! Que gente esperta! Seria o certo. Um bando de
gansos vinha na direção da varanda onde estávamos. Pararam, rosnaram (ganso
rosna e tem dente) e mais uma vez: pense rápido! Cumprimentei os gansos, até
porque gosto muito de falar com bichos, e pedi que ficassem quietinhos que já
estaríamos terminando. E não é que deu certo? Nesse dia, tive um grupo bem
misto e posso afirmar: treino até gansos se for preciso!
Muito boa sua história. Gostaria de poder dizer que sou capaz de treinar até gansos, mas penso que talvez seja mais fácil treinar gansos do que seres humanos resistentes a mudanças. Obrigada por seus posts deliciosos!
ResponderExcluirOlá Dani!!!Coisa boa sua visita!!!Obrigada!
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